DESISTIR É DAR RAZÃO AO CAMINHO MAIS LONGO PARA A FELICIDADE. (sf)

13/04/2010

Custa...

É certo que quem quer navegar no mundo da Internet, tem de se sujeitar a situações boas e outras menos boas.
Eu sempre usei a Net por motivos profissionais, bem como, motivos escolares e de lazer, como por exemplo, os Blogues que tenho e onde partilho o meu "Eu".
Nas situações menos boas, há os de várias espécies, aquelas que nos desligamos logo à primeira e acabou, foi um completo "engano" que nem dá para lembrar e, há outras, essas sim, que doem pois castigam-nos com a falsidade que, no meu caso, doente Bipolar, me perturbou bastante e me deixa, ainda hoje, recordando e fazendo um esforço enorme para esquecer. Refiro-me a pessoas com quem durante muito tempo conversei mas, que a partir de uma certa altura, motivado pela doença e que requer, não direi silêncio mas, um certo afastamento para atingir o equilíbrio mental, insistiam no contacto comigo de todas as formas. Fico espantado como recorrem a métodos que para mim e, mesmo considerando aqueles que só usam a Net para causar "distúrbios", conseguem descer ao mais baixo da falsidade enganando aqueles ("Eu") que apenas precisam de uma pausa para recuperar. Imaginem que há pessoas, umas que me eram muito queridas, outras que eram o princípio, julgava eu, de novas amizades, que são capazes, estando eu ausente e sem falar com elas, (a tal necessária pausa) de construirem novos mail´s, novos endereços de chat's, com a perspicácia de, com outros nomes, conseguirem, assim, contactarem-me, começando por visitarem os meus blogues que, julgando eu serem visitantes novos, respondia, como sempre faço, quando são novos, a agradecer a visita. Sempre as considerarei como pessoas de mal fazer e, que se aproveitam da enorme sensibilidade e doença, de quem sofre, neste caso eu, com as perturbações que, situações como estas, acarretam. Não minto quando digo que houve alturas em que e, pelo menos uma vez, quase tive de recorrer à urgência do hospital, sector de psiquiatria mas, consegui cair em mim e, a muito custo, equilíbrar o meu sistema nervoso. De que maneira, perguntam? Apenas com um ponto final.
Não nego que possa ter contribuido para que determinadas pessoas podessem, também, ter razões de queixa quanto a mim mas, estou seguro e de consciência tranquila que sempre fui e sou, verdadeiro no que respeita à minha postura.
Algumas vezes fui abaixo e senti necessidade de compactuar com essa dita falsidade mas, apenas teve como objectivo, o conseguir tirar qualquer dúvida quanto à minha desconfiança.
Hoje, sinto que não pequei, que tudo se confirmou e que, apesar de ter experimentado situações que até hoje me eram estranhas, apesar de algumas dessas pessoas terem tentado restabelecer a relação e, prometendo, nunca mais se repetir, eu não sou capaz de retomar porque, honestamente, nunca mais iria ser a mesma coisa e eu nunca mais sentiria nada por essas pessoas que, apenas me limito a respeitar e, longe de qualquer rancor.
Passei por situações com algumas dessas pessoas, que inventaram outros nomes, outros endereços, outras conversas e, momentos que não pensava poderem existir, que me perturbaram bastante, ao ponto de eu próprio sentir que não estava a ser "eu", embora nunca tenha alterado o que quer que fosse, de nome ou endereços mas, estava a "participar". A melhor opção foi mesmo o terminar e, colocando definitivamente um ponto final, para meu bem e para bem e respeito pelos outros e por mim. Estava a ficar ausente de mim.
Nunca imaginei que este tipo de "esquema" pudesse existir e eu me sentir cumplice da continuidade de alimentar o mesmo. Cheguei a viver experiências que não fazem parte de mim e, por isso, vir a pagar por elas, ficando com a minha consciência debilitada, "apagada".
Hoje, continuo na Net mas, com as necessárias reservas, o que não havia necessidade disso.
Fui considerado "muita coisa" e com razão, umas, outras não pois, como disse, compactuei com as situações mas, tive de pôr fim ao que andava a alterar, perigosamente, a minha saúde, o meu equilíbrio e, em risco, o voltar a fazer o que gosto... escrever e partilhar, continuando a mostrar a minha seriedade e respeito, no que faço.
Meus caros Amigos Bipolares,
Estes episódios são autênticos "medicamentos" com graves efeitos secundários para nós. Contudo, não confundam estes casos, que expressei, com o daqueles cibernautas que usam, por opção, um nome fictício mas que o mantêm, sem alterações, até ao dia, por exemplo, em que se proporciona um encontro de companheirismo entre todos (um jantar, um almoço...etc) e aí sim, se apresentam revelando o seu verdadeiro nome. É DIFERENTE.
Creio que me fiz entender e, principalmente, no quanto é prejudicial para nós, Bipolares, vivermos situações destas que nos atacam, fácilmente, a nossa postura, sensibilidade, levando-nos ao desiquilíbrio. Eu tive essa experiência e só vos peço... CUIDADO, o suficiente para se manterem estáveis, fazendo o que gostam, sem deixarem de ser quem são.
até