DESISTIR É DAR RAZÃO AO CAMINHO MAIS LONGO PARA A FELICIDADE. (sf)

09/11/2011

apenas "não compreendo"...

um dia como tantos outros embora, todos sejam diferentes. uma ida à varanda e o respirar, saudável, com sabor a mar iluminado por um Sol, desperto, que esconde os dias passados onde a chuva e o vento nos mostraram outras cores, para uns desagradáveis para outros, com a mesma ou mais beleza.
somos todos iguais? não... todos diferentes.

o dia convida-me e eu aceito.
pego em uma cadeira, sento-me e na mesa que tenho na varanda, coloco este portátil que vai denunciando palavras vindas do meu pensar. ao mesmo tempo divago com o olhar pelo mundo em movimento, oiço neste momento as badaladas dos sinos da Igreja e reparo que assinalam serem 11:00 horas. não deixo que os meus ouvidos percam a melodia de tantos "instrumentos", todos diferentes, que geram os sons deste novo dia mas...
o pensar traz-me, hoje, neste momento, a tristeza e o tentar perceber o sentido do dar, do receber e do aceitar... ou não.

faz 15 dias que a minha necessidade de ajudar o próximo e neste "palco" de todos os dias onde as palavras "crise" e "solidariedade" são "cenário de fundo", me levou para uma caminhada curta, tão curta quanto a distância que separa os meus pés um do outro a cada passada que executo e fui oferecer a uma instituição o meu desejo e prazer de prestar voluntariado. é um desejo sério, um voluntariado, daqueles que nem uma refeição, ou outros, pede em troca, uma instituição onde há luz irradiada por seres que tanto admiro, estudo e com eles aprendo. refiro-me a uma instituição onde crianças com trissomia são o "personagem principal", a razão da existência desta instituição e a fonte do desejado contributo no final de cada mês para todos quantos ali (deviam) cumprem as suas funções para que foram contratados.
bem... começo a revelar o meu lado no estado de revolta,  mas porquê?
um pouco acima referi que "faz 15 dias", lembram-se? pois é...
quando ali me dirigi e evoquei os meus propósitos, o/a responsável por estes assuntos mandou recado, por quem me atendeu, que ia para fora e que só na semana seguinte podia fazer o atendimento ficando, então, agendado para 8 dias depois. não desistindo da minha ambição ali voltei conforme combinado e, pasmo...
o dito/a responsável estava fora, numa formação, e assim nada se podia fazer, mais uma vez. desta feita,  e com um pedido de desculpas, o colaborador/a que me atendeu sugeriu ficar com os meus dados pessoais e o motivo que me acompanha prontificando-se efetuar um contato a combinar o dia para uma reunião sem o risco de uma outra caminhada em vão.

inacreditável e mais uma vez... pasmo.
são decorridos mais 8 dias e o contato esperado não é realizado. pergunto...

hoje, todos sabemos que arranjar um emprego é a chama que ateia o fogo nas mentes de quem procura (não é o meu caso) mas... e o voluntariado (este sim, é o meu caso), será assim tão complicado?

uma coisa é sermos entrevistados, analisados e não se ser aceite outra...
é ficar com a imagem de que esta instituição não valoriza o voluntariado logo, não mereço contato.

curioso...
o Sol está a ficar envergonhado e as nuvens começam a aglomerar-se.

até

Nota: independentemente destas palavras apelo a todos pela vossa contribuição a estas instituições. o "dar" pelo bem, tem de ser dividido por todos nós.