DESISTIR É DAR RAZÃO AO CAMINHO MAIS LONGO PARA A FELICIDADE. (sf)

13/05/2010

Só nós nos condenamos...

Há muitas situações que nos apoquentam (a nós Bipolares e a quem connosco convive). Situações de toda a espécie, umas sem qualquer peso de negatividade, mas outras que requerem um dialogar connosco e/ou, principalmente, com uma pessoa de confiança com a qual sabemos que podemos contar. Há necessidade de rever o que se está a passar e, para tal, nada melhor do que a ajuda de que quem convive connosco e sabe da nossa doença, da forma como ela se apresenta a qualquer momento… O Alerta.
Pois é!
Quero com isto dizer que, quando menos esperamos, julgamos estar tudo bem e damos connosco a passar por episódios que debilitam a nossa capacidade de raciocinar e agir, correctamente.
Há muito pouco tempo, conheci uma senhora com a qual tenho mantido agradáveis conversas. Conversas, essas, em que a assiduidade tem sido cada vez maior e a relação entre os dois se vê com carácter mais responsável e pensamentos de perspectivas no futuro.
Até aqui tudo bem, mas como o bem nunca está só, apresenta-se o mau e esse consegue estar muito tempo sem precisar do bem.
Nesta situação que acabo de partilhar, sou confrontado com uma possível relação de uma nova vida a dois. Entre ambas as partes há amor, dedicação e compreensão. Tudo parece reunir as bases para o bom entendimento, não fosse a minha eterna insegurança e falta de Auto-Estima . Porquê?
Porque, se a senhora com quem partilho o desejo de uma vida a dois, não estivesse sujeita (embora se tenha dedicado a estudar, um pouco, a bipolaridade), a inúmeras perguntas da minha parte, não ficaria desmotivada perante a negatividade que muitas vezes demonstro.
Para quem começou uma relação há pouquíssimo tempo e martiriza a companheira com perguntas constantes, como “Gostas mesmo de mim?”; “ Tens a certeza que não te vais apaixonar por outro?”; “Queres mesmo viver comigo?”; “Mas eu não te mereço e tu rapidamente vais arranjar outro.”, só poderá desencadear uma enorme falta de paciência, por mais dedicação que haja.
Meu Deus...
Quando e, depois de tanta coisa que já ultrapassei e aprendi a controlar, irei conseguir deitar fora algumas pedras que ainda permanecem nos meus sapatos e me impedem de caminhar para o lado certo?
Quero recuperar a confiança… começar a acreditar… pensar antes de agir… respeitar a dedicação que esta senhora me oferece e a felicidade que me faz sentir, enfim, eliminar traumas que não têm qualquer razão de existir e que eu persisto alimentar, quando tenho a sorte de constatar que a porta da dita e desejada felicidade se encontra completamente aberta.
Meus caros,
Não pode ser.
Temos de aproveitar estas companhias que demonstram a beleza do seu coração, não só a nível sentimental como pela confiança que depositam em nós e, assim sendo, merecem a nossa confiança, o nosso amor.
Não podemos dar vantagem à insegurança, ao medo…
Temos de dar a oportunidade de à felicidade, colaborando e fazendo um esforço por nos libertarmos de tudo o que aprendemos e que faz parte do lado escuro presente em nós.
Não é fácil, mas temos todos os "ingredientes" na nossa mão para vencer. E, por muito que custe dizê-lo, somos nós que não queremos. Apenas precisamos de parar de fazer tudo o que nos ocupa no momento e, por 5 minutos, pensar, pensar em nós e no(s) que nos quer(em) bem.
Se sou capaz de escrever tudo isto, não posso deixar de me condenar por não passar à prática e partilhar/retribuir, o viver em felicidade.
até