DESISTIR É DAR RAZÃO AO CAMINHO MAIS LONGO PARA A FELICIDADE. (sf)

29/04/2010

Merece... eu aceito.

Porque já tenho Amigos que comentaram o post anterior, que dava como ponto final a sua existência, não o vou apagar mas, quero que saibam que, a pedido de uma pessoa que é importante para mim, vou abrir mão da minha decisão e continuar a publicar as minhas experiências de vida real.
Continuarei a escrever, sem nada esconder e, disponibilizo-me para ser a vossa companhia, com os ouvidos que nos faltam, para nos escutarem e fazerem-nos sentir que não é em vão, que estamos a falar.
Deixem-me agradecer à pessoa que me deu força para continuar com este Blogue.
São estas vozes que nos dão ânimo para mantermos e entendermos o dom da palavra Felicidade.
Façam como eu fiz, não deixem de dar ouvidos a quem nos quer ajudar. É fácil dizermos que estamos bem e difícil ouvirmos que não estamos. Saibam aceitar, é para nosso bem e dos que connosco convivem mas, principalmente, porque afinal, também nos consideram importantes.
Volto

Há necessidades...

A todos que me acompanham neste Blogue, vos agradeço as palavras que me deixam e o quanto se dedicam a ler-me, no que é, a minha experiência de vida, partilhada com a doença.

Não se sintam abandonados e todos que me escrevem por mail, continuem a contar comigo. Agora, por este meio, O Blogue... fico por aqui e me despeço.
Era o único Blogue que não queria terminar, mas aqui deixo, tal como fiz nos outros, o ponto final. Deixei de ter motivação para o Bloguismo.

ACREDITEM em vocês.

13/04/2010

Custa...

É certo que quem quer navegar no mundo da Internet, tem de se sujeitar a situações boas e outras menos boas.
Eu sempre usei a Net por motivos profissionais, bem como, motivos escolares e de lazer, como por exemplo, os Blogues que tenho e onde partilho o meu "Eu".
Nas situações menos boas, há os de várias espécies, aquelas que nos desligamos logo à primeira e acabou, foi um completo "engano" que nem dá para lembrar e, há outras, essas sim, que doem pois castigam-nos com a falsidade que, no meu caso, doente Bipolar, me perturbou bastante e me deixa, ainda hoje, recordando e fazendo um esforço enorme para esquecer. Refiro-me a pessoas com quem durante muito tempo conversei mas, que a partir de uma certa altura, motivado pela doença e que requer, não direi silêncio mas, um certo afastamento para atingir o equilíbrio mental, insistiam no contacto comigo de todas as formas. Fico espantado como recorrem a métodos que para mim e, mesmo considerando aqueles que só usam a Net para causar "distúrbios", conseguem descer ao mais baixo da falsidade enganando aqueles ("Eu") que apenas precisam de uma pausa para recuperar. Imaginem que há pessoas, umas que me eram muito queridas, outras que eram o princípio, julgava eu, de novas amizades, que são capazes, estando eu ausente e sem falar com elas, (a tal necessária pausa) de construirem novos mail´s, novos endereços de chat's, com a perspicácia de, com outros nomes, conseguirem, assim, contactarem-me, começando por visitarem os meus blogues que, julgando eu serem visitantes novos, respondia, como sempre faço, quando são novos, a agradecer a visita. Sempre as considerarei como pessoas de mal fazer e, que se aproveitam da enorme sensibilidade e doença, de quem sofre, neste caso eu, com as perturbações que, situações como estas, acarretam. Não minto quando digo que houve alturas em que e, pelo menos uma vez, quase tive de recorrer à urgência do hospital, sector de psiquiatria mas, consegui cair em mim e, a muito custo, equilíbrar o meu sistema nervoso. De que maneira, perguntam? Apenas com um ponto final.
Não nego que possa ter contribuido para que determinadas pessoas podessem, também, ter razões de queixa quanto a mim mas, estou seguro e de consciência tranquila que sempre fui e sou, verdadeiro no que respeita à minha postura.
Algumas vezes fui abaixo e senti necessidade de compactuar com essa dita falsidade mas, apenas teve como objectivo, o conseguir tirar qualquer dúvida quanto à minha desconfiança.
Hoje, sinto que não pequei, que tudo se confirmou e que, apesar de ter experimentado situações que até hoje me eram estranhas, apesar de algumas dessas pessoas terem tentado restabelecer a relação e, prometendo, nunca mais se repetir, eu não sou capaz de retomar porque, honestamente, nunca mais iria ser a mesma coisa e eu nunca mais sentiria nada por essas pessoas que, apenas me limito a respeitar e, longe de qualquer rancor.
Passei por situações com algumas dessas pessoas, que inventaram outros nomes, outros endereços, outras conversas e, momentos que não pensava poderem existir, que me perturbaram bastante, ao ponto de eu próprio sentir que não estava a ser "eu", embora nunca tenha alterado o que quer que fosse, de nome ou endereços mas, estava a "participar". A melhor opção foi mesmo o terminar e, colocando definitivamente um ponto final, para meu bem e para bem e respeito pelos outros e por mim. Estava a ficar ausente de mim.
Nunca imaginei que este tipo de "esquema" pudesse existir e eu me sentir cumplice da continuidade de alimentar o mesmo. Cheguei a viver experiências que não fazem parte de mim e, por isso, vir a pagar por elas, ficando com a minha consciência debilitada, "apagada".
Hoje, continuo na Net mas, com as necessárias reservas, o que não havia necessidade disso.
Fui considerado "muita coisa" e com razão, umas, outras não pois, como disse, compactuei com as situações mas, tive de pôr fim ao que andava a alterar, perigosamente, a minha saúde, o meu equilíbrio e, em risco, o voltar a fazer o que gosto... escrever e partilhar, continuando a mostrar a minha seriedade e respeito, no que faço.
Meus caros Amigos Bipolares,
Estes episódios são autênticos "medicamentos" com graves efeitos secundários para nós. Contudo, não confundam estes casos, que expressei, com o daqueles cibernautas que usam, por opção, um nome fictício mas que o mantêm, sem alterações, até ao dia, por exemplo, em que se proporciona um encontro de companheirismo entre todos (um jantar, um almoço...etc) e aí sim, se apresentam revelando o seu verdadeiro nome. É DIFERENTE.
Creio que me fiz entender e, principalmente, no quanto é prejudicial para nós, Bipolares, vivermos situações destas que nos atacam, fácilmente, a nossa postura, sensibilidade, levando-nos ao desiquilíbrio. Eu tive essa experiência e só vos peço... CUIDADO, o suficiente para se manterem estáveis, fazendo o que gostam, sem deixarem de ser quem são.
até

01/04/2010

quem sou, afinal...?

Bem,
Cá estou eu.

São muitas as vezes ou talvez, melhor dizendo, constantemente, que me confronto com as situações de quando começo uma coisa, que me dá prazer e refiro-me à escrita, começo com todo o fervor e inspiração mas, passa um dia, dois, três (uma maneira de dizer) e começo a ficar parado pensando numa outra que gostava de fazer. Ou seja, tenho muitas ideias, muitas coisas que, enquanto não começo desespero e, lá se dá por terminado o que fazia dando lugar a outra.

Claro que esta atitude não posso dizer que seja "normal" e penso, quando a isso me dedico, o porquê destes episódios frequentes. Tem de haver uma razão e há. Chama-se AUTO-ESTIMA e porquê?

Tão simples e a explicação é esta:

Tenho vários blogues (6) e cada um deles com temáticas diferentes. Contudo, tudo começa muito bem mas, chega a uma altura e envolvo-me a pensar e a perder o interesse, não do que escrevo mas, do blogue e porque já penso em outro.

O que escrevo não se trata de uma invenção, são palavras e sentimentos que saiem do meu "Eu" do meu interior, sentidas e, como nada tenho a esconder, gosto de partilhar com os que se dedicam ao mundo dos blogues. Agora, porquê estas "variações"?

Conforme disse, pela enorme falta de Auto-Estima, agora, porque razão faço este diagnóstico? Simples, porque chega a uma altura e eu próprio começo a ficar com dúvidas se o que escrevo terá algum nexo, algum "valor", suficiente, para conquistar outros bloguistas para leitura.

Visito os blogues de outros Amigos e faço comparação entre a sua escrita e a minha. Comento com a minha seriedade, a interpretação que faço e dou-lhes o maior valor, sendo que, o resultado é a minha "inferioridade". Chego a considerar ser uma "aberração" o publicar e, vou de seguida ao meu blogue e ocorre-me a vontade de eliminar o que escrevi.

Várias vezes aconteceu. Escrevia, publicava e eliminava. Colocava-me no lugar de um bloguista visitante e lia mas, lia e não gostava. Aos poucos os blogues que criei foram ficando pelo caminho e escrevia, como texto final, "o terminar do blogue".

Os meus blogues sempre tiveram comentários abertos e sempre tive amigos bloguistas que me visitavam e deixavam os seus comentários simpáticos ou melhor, sentidos, pelo que leram. Nem isso fez com que eu pusesse para trás das costas a ideia de eliminar o blogue. Estava pensado e havia que partir para outro.

Reconheço que houve, pelo menos, um blogue, que não mantive e, onde comecei a escrever uma história em tom de ficção, como que se um livro eu estivesse a escrever. Os comentários eram interessantes e até deixavam no ar, a expectativa de ler o próximo capítulo mas, acabou. Não fui capaz de continuar. Tinha outro pensamento e qual? Nem mais, o de que os amigos bloguistas apenas estavam a ser simpáticos comigo, expressando bonitos comentários à história e eu, só pensava, negativamente, e recusava pensar que o que escrevia pudesse ter algum interesse para alguém.

Meus caros, não perdi, ainda, este enorme defeito mas, tenho dedicado uma enorme luta para não lhe prestar atenção e, tenho continuado a escrever, a publicar, num novo blogue e a aprender a gostar de mim próprio e a apaixonar-me pelo que faço. Publico porque é meu, é sentido, nada me impede de publicar, partilhar e, convenco-me, que em tudo que se faça há quem nasça para tal e outros não, logo, só posso acreditar que "Eu" gosto, gosto e sinto-me bem. Dá-me prazer em ler o que escrevo e como eu, outros amigos bloguistas poderão gostar ou não. Afinal, não somos "obrigados" a gostar de tudo com que somos confrontados mas sim, com o que nos diz algo, no que mexe connosco e nos dá prazer.

Meus caros, tenho conseguido e sinto-me muito bem, ao ponto de, e penso que já o disse, de eu próprio estar apaixonado com o que estou a fazer.

Pois bem, aqui fica o grande desafio que temos para combater, a tormentosa falta de Auto Estima. Eu encontrei a maneira de o fazer e resume-se, apenas, a uma opção bem simples... ACREDITAR EM MIM e se gosto do que faço, do que escrevo, só isso conta depois, depois é o aceitar as opiniões dos Amigos bloguistas, sejam elas boas ou más. Nada tem o mesmo significado para todos. O importante é ser sentido, vivido por mim.

Como nota, digo, que é meu desejo retomar a escrita, a ficção, a história que desisti de escrever mas, conjugando o tempo para não desistir do blogue actual.

Meus caros,

Hoje dediquei-me a um mal, entre vários, que ataca muitos de nós, Bipolares. Tirem as vossas conclusões.

ACREDITAR E GOSTAR DE NÓS PRÓPRIOS, nas nossas CAPACIDADES e não dependermos de opiniões mas sim, saber aceitá-las. Seja na escrita, ao que me refiro hoje e comigo próprio mas, também, em muitas outras coisas e, acima de tudo, quando começamos algo... que seja para levar até ao fim, sem que se misture com outras ideias e muitos "quereres", ao mesmo tempo. Não resulta, não faz sentido.

É evidente que temos de ser conscientes e não por em risco a nossa postura que revela o respeito pelos outros mas, tenhamos, também, respeito por nós e, sejamos "nós".

Ahh... neste momento tenho três blogues, há já algum tempo, um deles é este. Já duram e quero manter, sem outras ideias.

Não esqueçam, fazer muitas coisas ao mesmo tempo, não resulta.

Não termos respeito por nós e dependermos dos outros para nos avaliarmos, é errado e frustrante. Há que valorizar a nossa AUTO-ESTIMA, ACREDITAR. Só a nós compete avaliar-mo-nos.

Estas situações, não são só aos Bipolares que acontecem mas, não tenham dúvidas que nós Bipolares, somos bem mais atacados devido à nossa "forçada" sensibilidade.

até