DESISTIR É DAR RAZÃO AO CAMINHO MAIS LONGO PARA A FELICIDADE. (sf)

06/01/2010

sejam atentos...

A todos desejo um Bom Ano de 2010.
Caríssimos,
Saber reconhecer a doença é, como sempre disse, fundamental para nós, portadores, para que tudo se torne mais simples. Mas, não é só o reconhecer a doença. Há muitas outras situações que, também têm de merecer o nosso cuidado e reconhecimento, não menos importantes. Uma delas, é o termos a capacidade, suficiente, para sabermos agir, com base na verdade e não no que, por vezes, em estado de instabilidade da mente, nos tira a força do pensar e nos faz entrar numa postura de querermos a razão, apenas e só, do nosso lado sem dar-mos importância ao outro.
Fui casado duas vezes e qualquer um deles não resultou. Sou daqueles que, por muita razão que possa ter, intendo que, um casamento falhado, é culpa de ambas as partes, salvo raras excepções.
Confesso que o insucesso de um dos meus casamentos foi de minha inteira responsabilidade. Estraguei completamente e, já com um filho, aquilo que mais se preza na vida que é a alegria de ter um lar e uma família.
Eu não posso servir de exemplo para ninguém porque, posso divagar nas palavras, palavras bonitas e dar conselhos mas, também alimento, por vezes, a força de que só eu tenho razão e, acabo por realizar as coisas à minha maneira, prejudicando os outros que convivem comigo, os "AMIGOS". "Esqueço-me" do quanto sofrem comigo e com os meus problemas e, mesmo assim, tentam AJUDAR-ME a que, pelo menos, recupere a minha estabilidade do pensar mas... DESISTEM, porque nós somos mais fortes (???). E agora...?
Agora, abandonamos tudo, pela tristeza de ter perdido o melhor. É sabido que conquistarmos uma Amizade, uma relação chega a determinada altura e conseguimos o prazer tão desejado mas, se a nossa postura for a de dar razão apenas ao nosso pensar e "desprezar" o pensar/conselho/ajuda do outro, uma coisa é certa... Perdeu-se porque não quisemos OUVIR e, ficou irrecuperável.
Consequência?
O deixar de ter prazer pela vida, o isolamento, a tristeza, o perder a vontade de realizar o que é rotina diária, o desleixo, alimentar e higiénico, privilegiar o estar dias inteiros na cama sem ligar a mais nada, impaciência, mau humor, deixar um livro de parte, a Televisão, etc...
Pergunto:
É isto que queremos da vida e é isto o nosso Bem-Estar?
Seguramente que não.
Começamos, então, a pensar (tarde) e, vamos trilhar o caminho da razão e reconhecer que, não tivemos força para PARAR e PENSAR antes de AGIR e agora, o mal está feito e só nos resta ADMITIR e agarrarmos, de novo, o caminho para a FELICIDADE sendo que, nos fique gravado o que sucedeu e... não podemos, nem sequer, pensar, que vamos permitir o mesmo erro. Tem de passar a passado, por muito que custe, mas temos de ver o presente, risonho, com mais "este aprender".
Atenção que não estou a dizer que nós portadores da doença, nunca temos razão. Nada disso.
Apenas digo, por experiência própria, que não podemos desperdiçar "o" e "os" que querem o nosso Bem-Estar.
A mim... resta-me recomeçar com o que me sabe bem fazer, para já e uma delas, é esta...
Escrever e partilhar as minhas experiências "negativas", que possam contribuir para um "aclarar" do que não é Bem-Estar, com a vida e com os outros.
Temos de ter força para pensar que, ser BIPOLAR, nos pode enganar e enganar os que connosco convivem. Não é pecado sermos doentes mas, temos de prestar uma maior atenção com a nossa postura e saber dar ouvidos a quem nos conhece. Quando menos esperamos, estamos a atravessar por um momento sintomático da nossa doença e não queremos reconhecer mas, só nós sabemos quando devemos entrar em alerta e PEDIR a fundamental ajuda.
até